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terça-feira, 4 de novembro de 2025

A Parábola do Grande Banquete e o Chamado à Graça: Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino e São Carlos Borromeu

A parábola do grande banquete, narrada por São Lucas, revela o amor de Deus que convida todos à comunhão com Ele. Mas muitos recusam o chamado. À luz de Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino, compreendemos o sentido profundo desse convite e, na memória de São Carlos Borromeu, somos inspirados a responder com fé e humildade ao banquete da graça.

Neste dia 4 de novembro, a Igreja celebra a memória de São Carlos Borromeu, bispo e grande reformador do século XVI. A liturgia propõe como Evangelho a parábola do grande banquete (São Lucas 14,15-24), uma das mais belas imagens do Reino de Deus e da vida cristã como convite à comunhão divina.

Mas quem são os convidados desse banquete? Por que alguns recusam e outros são acolhidos? E o que essa parábola tem a ver com São Carlos Borromeu? Para compreender isso, é essencial recorrer à sabedoria dos Padres e Doutores da Igreja, especialmente Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino.

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

A Prisão do Último Centavo: Por que o Evangelho (São Lucas 12,54-59) Aponta para o Purgatório e a Urgência da Conversão

A liturgia diária, na sua sabedoria milenar, frequentemente nos confronta com a realidade da nossa própria existência de forma crua e sem paliativos. O Evangelho proposto (São Lucas 12, 54-59) é um exemplo primoroso dessa pedagogia divina. Nele, Nosso Senhor Jesus Cristo, após admoestar a multidão por saber interpretar o tempo meteorológico mas não o “tempo presente”, encerra com uma parábola jurídica aparentemente simples: a necessidade de se reconciliar com o adversário a caminho do tribunal. Caso contrário, adverte o Mestre, o juiz o entregará ao guarda, e este o lançará “na cadeia”, de onde “não sairás, enquanto não pagares o último centavo” (São Lucas 12, 59).

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

A Humildade Esquecida: Por Que o Maior no Reino dos Céus é Aquele que Se Faz Criança (Análise Tomista)

A humildade não é uma virtude opcional para o cristão; é a própria porta de entrada para o Reino dos Céus. Esta verdade, radicalmente contrária à lógica do mundo moderno, é o cerne do ensinamento de Jesus no Evangelho de Mateus (Mt 18, 1-5.10). Quando os discípulos, imbuídos de uma ambição terrena, perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos Céus?”, Cristo respondeu com um ato que é o mais puro ensinamento de filosofia e teologia: chamou uma criança e a colocou no centro. Para se tornar grande aos olhos de Deus, é preciso, paradoxalmente, “fazer-se como criança”. Longe de ser um chamado ao infantilismo ou à imaturidade, esta passagem é uma profunda lição sobre o estado espiritual da alma, que a Filosofia Tomista e o pensamento de Santo Agostinho souberam decifrar com maestria. Este artigo desvenda por que a humildade da criança, segundo o pensamento dos Doutores da Igreja, é a virtude mais necessária para o peregrino em busca da salvação.

terça-feira, 16 de setembro de 2025

A Ressurreição em Naim: Uma Análise Tomista do Poder de Cristo sobre a Morte e Sua Infinita Compaixão

A cena que o Evangelho de São Lucas (Lc 7,11-17) nos apresenta hoje é de uma dramaticidade pungente: duas multidões se encontram às portas da cidade de Naim. Uma segue o Autor da Vida, Jesus Cristo, em um cortejo de esperança e ensinamentos. A outra acompanha a personificação da dor humana, uma mãe viúva que leva seu filho único à sepultura, um cortejo de desolação e finitude. O encontro desses dois mundos — o da Vida Eterna e o da morte temporal — culmina em um dos milagres mais reveladores da identidade de Nosso Senhor. Através de uma análise tomista, podemos aprofundar a nossa compreensão sobre a ressurreição do filho da viúva de Naim, enxergando nela não apenas um ato de piedade, mas uma profunda lição metafísica sobre a divindade de Cristo, a natureza da compaixão divina e o poder absoluto da Palavra de Deus.

Quem sou eu

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Tomista, dedico-me ao estudo da Filosofia, que pela luz natural da razão nos eleva ao conhecimento das primeiras causas, e da Teologia, a ciência sagrada que, iluminada pela Revelação, a aperfeiçoa e a ordena ao seu verdadeiro fim. Ambas as ciências são para mim os instrumentos para buscar a Verdade subsistente, que é Deus, o fim último para o qual o homem foi criado.