Quando ouvimos sobre o “fim dos tempos” ou a “Segunda Vinda de Cristo”, nossa mente tende a voar para imagens grandiosas e cósmicas: céus se abrindo, anjos soando trombetas e um julgamento universal da humanidade. Contudo, a sabedoria milenar da Igreja Católica nos convida a uma interpretação mais íntima e urgente. A exortação de Cristo à vigilância para a Parusia é, em sua aplicação espiritual mais direta, um chamado profundo à preparação para o momento da nossa própria morte.
Essa perspectiva não diminui a realidade da vinda gloriosa de Cristo, mas a enraíza em nossa existência cotidiana. Para cada um de nós, o fim da vida terrena é, de fato, o nosso “fim dos tempos” particular. É o instante em que o tempo de merecer se encerra e nos apresentamos diante do Senhor para o Juízo Particular. A incerteza do “dia e da hora”, portanto, aplica-se com igual força ao fim da história e ao fim da nossa jornada pessoal. Vamos mergulhar nas Escrituras e na Tradição para compreender como essa vigilância escatológica se torna a sabedoria para viver e morrer bem.