segunda-feira, 9 de agosto de 2021

A Percepção Direta de Deus e a Jornada da Vida Interior

 

A Percepção Direta de Deus e a Jornada da Vida Interior

No cerne da fé e da busca espiritual, reside o mistério da percepção direta de Deus, uma visão que transcende as capacidades naturais de toda inteligência criada, seja angelical ou humana. Enquanto as inteligências criadas são capazes, por sua própria natureza, de perceber Deus através do reflexo de Suas perfeições na ordem criada, a visão direta de Deus em Sua essência está além de sua capacidade intrínseca.

Anjo e alma humana atingem o conhecimento sobrenatural de Deus e um amor divino sobrenatural somente quando são agraciados com o enxerto divino - a graça habitual ou santificante - que os torna capazes de operações divinas. Essa graça é a participação da natureza divina e vida íntima de Deus, conferindo a capacidade de ver Deus diretamente como Ele Se vê e amá-Lo como Ele Se ama.

A deificação da inteligência e da vontade exige a deificação da própria alma, uma transformação profunda da essência da alma. Essa graça, quando plenamente consumada e inamissível, é conhecida como glória. Através da glória, a inteligência dos bem-aventurados no céu é iluminada por uma luz sobrenatural que lhes permite ver Deus. A vontade é permeada pela caridade infusa, que os leva a amá-Lo de maneira inquebrantável.

Jesus frequentemente proclamava: "Aquele que crê em mim tem a vida eterna", indicando que a vida da graça é um começo da vida eterna. É uma realidade em germe, uma promessa de vida divina que se desenvolverá plenamente, assim como uma semente de carvalho contém a vida do carvalho maduro.

A vida da graça é a mesma em sua essência tanto para os justos na Terra quanto para os santos no céu. No entanto, há distinções importantes: na Terra, o conhecimento de Deus é marcado pela fé, enquanto no céu é caracterizado pela visão direta; também, a posse da graça é insegura na Terra, mas inamissível no céu.

Uma consequência significativa desse entendimento é que a contemplação infusa dos mistérios da fé e a união com Deus não são extraordinárias, mas parte da via normal da santidade. A graça santificante e a caridade são superiores às graças extraordinárias, como profecias ou dons das línguas, pois unem a alma a Deus de maneira íntima e duradoura.

A vida interior, que emerge da vida da graça, requer abnegação e oração. Ela é uma jornada sobrenatural que leva à união com Deus, com etapas de purificação, iluminação e união. Essa jornada culmina em uma conversa íntima com Deus, em que o homem interior se afasta do egoísmo e cresce em amor e proximidade a Deus.

No âmago dessa conversa íntima, a alma percebe que seu verdadeiro fim não está nela mesma, mas em Deus. Essa manifestação progressiva de Deus à alma é um processo em que o homem interior cresce em conhecimento e desejo de Deus, tornando-se cada vez mais uma criança em relação a Ele.

Portanto, a vida interior é a jornada da alma em direção a uma conversa mais profunda com Deus, uma busca por união e uma transformação contínua. Ela não é apenas uma experiência extraordinária, mas parte integrante da vida de santidade, acessível a todos os que buscam a Deus com sinceridade e abertura de coração. Que possamos seguir essa jornada em busca da plenitude da vida divina e da união com o Criador.

segunda-feira, 12 de julho de 2021

Essa funcionalidade nova do WhatsApp é excelente!

Às vezes a gente recebe no WhatsApp, aquele pedido de um amigo e/ou parente, para mandarmos aquela foto ou vídeo, porém muitas vezes não enviamos porque temos medo, já que não sabemos o que podem fazer com esses arquivos. 

Agora, os nossos problemas acabaram, pois o WhatsApp desenvolveu uma funcionalidade nova para o aplicativo: apagar automaticamente essas fotos ou vídeos, assim que a pessoa termina de visualizá-los. 

Entretanto, essa funcionalidade só está disponível para quem tem a versão beta do App. Nos próximos dias o WhatsApp estará disponibilizando a funcionalidade a todos.

Se você já está desfrutando dessa funcionalidade nova, comente logo abaixo. Até a próxima postagem. Não esqueça de salvar nosso blog nos seus favoritos,

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Como Ganhar Dinheiro Com YouTube

 

E aí galera, quais são as novidades?

Olha aí as minhas: a partir de hoje, começarei uma série de postagens ensinando como criar e monetizar um canal no YouTube — do zero ao profissional.

Já salva o blog aí nos seus favoritos e, não perca nenhuma postagem. Logo mais postarei a primeira aula. Inscreva-se no meu canal: youtube.com/FrankMatos. Desde já agradeço a todos,

Frank Matos

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

A oração de Nosso Senhor no Horto das Oliveiras

 

No capítulo 26 do Evangelho de Mateus, encontramos uma passagem profundamente significativa da vida de Cristo. Ao se adiantar um pouco e prostrar-se com o rosto por terra, Ele nos revela três condições cruciais para uma oração sincera e profunda:

1. Solicitude: Cristo se afastou levemente, escolhendo um momento íntimo para orar. Esse ato nos recorda as palavras: “Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo” (Mateus 6, 6). Ele não se distanciou muito para que pudesse estar acessível a todos aqueles que o invocassem. Esse gesto também serviu como um ensinamento sobre a importância da privacidade na oração.

2. Humildade: A prostração de Cristo com o rosto por terra é um exemplo supremo de humildade. Ao fazer isso, Ele demonstrou que a humildade é essencial na oração. Isso se relaciona ao momento em que Pedro afirmou que nunca o negaria, e aqui Cristo prostrou-se para mostrar a necessidade de confiar em Deus, não em nossas próprias forças.

3. Devoção: Ao dirigir-se a Deus como “Meu Pai”, Cristo revela a natureza íntima de sua relação com o Pai. Ele é o Filho de Deus por excelência, enquanto nós, pela graça da adoção, também nos tornamos filhos de Deus. Isso ressalta a importância da devoção e do relacionamento pessoal na oração.

No versículo seguinte, Cristo faz uma prece reveladora: “Se é possível, afasta de mim este cálice! Todavia não se faça o que eu quero, mas sim o que Tu queres” (Mateus 26, 39). Aqui, Ele nos ensina importantes lições sobre a natureza da oração e da vontade:

1. Natureza humana: Cristo, ao expressar Seu desejo de evitar o sofrimento iminente, demonstra que Ele assumiu uma natureza verdadeiramente humana, incluindo todas as inclinações naturais e sentimentos.

2. Harmonia entre vontades: Ele também nos mostra que é humano querer algo que Deus não deseja. Isso destaca a tensão entre a vontade humana e a vontade divina. No entanto, Cristo exemplifica a importância de alinhar nossos desejos com a vontade de Deus.

3. Submissão à vontade divina: Ao declarar “Não se faça o que eu quero, mas sim o que Tu queres”, Cristo submete Sua própria vontade à vontade do Pai. Esse ato de submissão reflete a profunda harmonia e obediência entre as duas naturezas de Cristo.

Em conclusão, Cristo nos fornece um modelo de oração e submissão que abrange solicitude, humildade e devoção. Sua prece revela a complexidade da vontade humana e a importância de alinhá-la à vontade divina. Ao seguir esse exemplo, podemos aprender a orar com corações sinceros e a viver em conformidade com a vontade de Deus.

sábado, 21 de março de 2020

A Missão na Vinha do Senhor

 

Em um relato que traz profundas lições, encontramos nas palavras de Cristo um convite à ação, à recompensa justa e à jornada espiritual. No Evangelho de Mateus (20, 3), lemos: “Cerca da terceira hora, saiu ainda e viu alguns que estavam na praça sem fazer nada. Disse-lhes Ele: Ide também vós para vinha e vos darei o justo salário.”

Dentro dessas palavras, podemos discernir quatro aspectos de significado:

1. A Generosidade do Salvador: A atitude de Cristo em sair é um reflexo da infinita bondade que visa salvar Seu povo. A comparação de Cristo saindo para conduzir os homens à “vinha da justiça” é uma demonstração inigualável de Sua misericórdia. A primeira vez que Ele “sai” é como o semeador, espalhando Suas criaturas no início do mundo. Ele também “sai” para iluminar o mundo com Sua justiça, durante Sua vida ativa. Em Sua Paixão, Ele sai para libertar Seus filhos do domínio do mal. Ele age como o pai de família, cuidando de seus filhos e, por fim, como juiz, para conduzir o julgamento justo.

2. A Futilidade da Ociosidade: Nada é mais insensato do que desperdiçar a vida terrena na ociosidade, especialmente quando é nosso dever trabalhar para garantir a vida eterna. A imagem dos homens ociosos na praça representa a nossa vida cotidiana, cheia de afazeres e oportunidades. Essa vida é comparada à praça, onde se negociam bens e conhecimentos, bem como as perspectivas da graça divina. Aqueles que negligenciam suas vidas, seja por pecado ou inação, estão se privando do verdadeiro propósito da existência.

3. A Chamada para a Jornada Espiritual: O convite de Cristo para “ide também vós para vinha” é um apelo à nossa responsabilidade de trabalhar na vinha da bem-aventurança. Essa vinha é uma metáfora da vida virtuosa, onde devemos plantar boas ações, erradicar os vícios, podar os excessos, afastar influências negativas e proteger nossa alma de ameaças externas. Essa jornada é um esforço constante para crescer em virtude e se tornar mais semelhante a Deus.

4. O Valor do Trabalho Espiritual: O “justo salário” que Cristo promete aos trabalhadores na vinha é simbolizado pelo denário, que é mais valioso do que mil ciclos de prata. Isso nos recorda do valor incomensurável das recompensas celestiais. O denário representa as alegrias eternas, que superam qualquer riqueza terrena. O texto bíblico deixa claro que nossos esforços e trabalhos espirituais não são em vão, mas resultam em uma recompensa que transcende nossa compreensão.

Nessa narrativa, encontramos lições de generosidade divina, a importância de não desperdiçar o tempo e as oportunidades que Deus nos concede, o chamado para uma vida de virtude e o valor inestimável das recompensas celestiais. Que essas palavras ressoem em nossos corações, inspirando-nos a empreender a jornada espiritual na vinha do Senhor. Como nos lembra São Tomás de Aquino em seus sermões, essa parábola continua a nos guiar em nossa busca pela verdade e pela justiça.

Quem sou eu

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Tomista, dedico-me ao estudo da Filosofia, que pela luz natural da razão nos eleva ao conhecimento das primeiras causas, e da Teologia, a ciência sagrada que, iluminada pela Revelação, a aperfeiçoa e a ordena ao seu verdadeiro fim. Ambas as ciências são para mim os instrumentos para buscar a Verdade subsistente, que é Deus, o fim último para o qual o homem foi criado.