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sábado, 21 de março de 2020

A oração de Nosso Senhor no Horto das Oliveiras

1. Adiantou-se um pouco e, prostrando-se com a face por terra, assim rezou: 'Meu Pai' (Mt 26, 39).

Aqui, Nosso Senhor nos recomenda três condições a serem observadas quando rezarmos:

(i) Solicitude: pois adiantou-se um pouco, separando-se até daqueles que havia escolhido - Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo (Mt 6, 6). Mas note-se que ele não foi muito longe, mas um pouco, para que pudesse mostrar que não estava longe daqueles que o invocam, e também para que o vissem rezando e aprendessem a rezar do mesmo modo.

ii) Humildade: prostrando-se com a face por terra, deu assim um exemplo de humildade. Isto porque a humildade é necessária à oração e porque Pedro tinha dito: Mesmo que seja necessário morrer contigo, ja mais te negarei! (Mt 26, 35). Portanto Nosso Senhor prostrou-se, para mostrar que não se deve confiar nas próprias forças.

(iii) Devoção: ao dizer 'Meu Pai'. É essencial que ao rezar, rezemos com devoção. Ele diz Meu Pai porque ele é singularmente o Filho de Deus; nós som filhos de Deus por adoção somente.

2. 'Se é possível, afasta de mim este cálice! Todavia não se faça o que eu quero, mas sim o que Tu queres' (Mt 26, 39)

   Aqui consideramos o teor da oração. Cristo estava rezando de acordo com as sugestões de seus sentidos naturais, isto é, na medida em que sua oração, advogando em favor de seus sentidos, expressava as inclinações de seus sentidos, propondo para Deus, pela oração, que o desejo de seus sentidos sugeria. Ele assim o fez para nos ensinar três coisas:

(i) Que ele tinha assumido uma natureza verdadeiramente humana com todas as suas inclinações naturais.;

(ii) Que é lícito ao homem querer, de acordo com suas inclinações naturais, algo que Deus não quer;

(iii) Que o homem deve submeter suas próprias inclinações à vontade divina. Daí Santo Agostinho dizer: "Cristo, enquanto homem, demonstrou certa propensão pessoal humana quando disse: Afasta de mim este cálice. Isto era inclinação humana, a vontade de um homem e, por assim dizer, seu desejo íntimo. Mas Cristo, por querer ser um homem de coração reto, um homem ordenado a Deus, acrescenta: "Todavia não se faça o que eu quero, mas sim o que Tu queres".

S. Th. Ma, q. 21,a2

   E com isso ele ensina, dando exemplo, como devemos ordenar nossas inclinações para que elas não entrem em conflito com a lei divina. Disso aprendemos que não há nada de errado em nossa repulsa ao que naturalmente repugnante, contanto que alinhemos nossas emoções com a vontade divina.

   Cristo tinha duas vontades: a de seu Pai, porquanto Ele era Deus, e outra, na medida em que Ele era homem. Esta vontade humana Ele submeteu em todas as coisas a seu Pai, dando-nos com isso um exemplo para que façamos o mesmo - Pois desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou (Jo 6, 38).

Super Matth, c. 26, lect. 5

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Não vos iludais; de Deus não se zomba!

Observo como o ímpio é cego quando faz suas escolhas, cego pois estas sempre lhe faz "cair no buraco", já que o mundo que ele tanto ama, diz que aquele acontecimento que trouxe-lhe prejuízo financeiro — queda no buraco — foi ruim para ele. Entretanto, enganam-se porque o maior prejuízo do ímpio é aquele deixado na alma, manchas indeléveis pelo pecado de suas escolhas. Isso sim é ruim.

Ora, como pode uma escolha ser boa em si mesma se, esta trás prejuízo — não só financeiro, como espiritual — para o ímpio que fez tal escolha? Assim é a vida do ateu, quando faz a escolha de viver neste mundo afastado da proteção Divina, recusando-a quando passa o dia praguejando.

Analise comigo a escolha e o exemplo dado por Thomas Andrews, engenheiro naval que, junto de Alexander Carlisle, teria (provavelmente) dito: "Nem Deus afunda esse navio!". Tsc, tsc, tsc... Escolha errônea!

Qual não foi sua surpresa quando, O Criador das coisas visíveis e invisíveis, envia-lhes um grande iceberg para acabar com sua arrogância. Digo que Deus agiu assim pois, Jesus disse: "Até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados" (São Lucas 12, 7), ou seja, Ele sempre sabe de tudo. Deus sabia das palavras de Alexander Carlisle. O Criador não deixa de castigar os maus e abençoar os bons. Como seria diferente para àqueles (Thomas Andrews e Alexander Carlisle) que, pronunciaram palavras torpes contra Aquele que é onisciente e onipotente?

Mas Deus é mau assim?! Perguntarão alguns que não conhecem a Deus. Não, O Senhor não é mau, mas permite que a liberdade do homem seja exercida plenamente, com total livre-arbítrio. Porém, para cada escolha que fazemos, vem com elas as consequências. Se um ímpio escolhe rejeitar O Filho de Deus, como poderá ficar impune, já que tal benevolência foi infinita por esse Deus, o Pai? Qual Pai ficaria satisfeito com aquele que rejeitou uma morte tão dolorida de um filho tão amado por Ele? Nenhum!

E, se as consequências dessas escolhas (cegas e arrogantes) não vem nesta vida, virá na próxima — não há escapatória —, simples assim.

Então, não seria melhor receber essas consequências (causadas pela escolhas erradas) agora, já em vida, sendo que essas consequências trás consigo absolvição dos pecados cometidos? Como pode Deus ser mau, se Ele não quer a condenação de nenhum homem? Por isso, faz com que o homem pague ainda vivo, já que Ele sabe que após a morte do homem — na eternidade —, existe o Inferno, lugar criado por Satanás para aprisionar o homem condenado.

Penso que os homens deveriam fazer o uso da razão (com Fé verdadeira) ao fazerem suas escolhas, porque caso contrário poderiam fazer uma escolha errada, trazendo com estas escolhas, consequências gravíssimas, como foi o caso do projetista do navio Titanic: falou contra Deus e foi castigado.

Os seculares costumam dizer: Com Deus não se brinca. Ledo engano. Deus ama brincar com os seus, por isso disse: "Deixai as crianças e não as impeçais de vir a mim, pois delas é o Reino dos Céus" (São Mateus 19, 14). Entretanto, não se deve zombar d'Ele como disse São Paulo: "Não vos iludais; de Deus não se zomba. O que o homem semear [com suas escolhas erradas], isso colherá [sofrendo as consequências]: quem semear na sua carne, da carne colherá corrupção; quem semear no espírito, do espírito colherá a vida eterna" (Gálatas 6, 7-8).

E diz mais: "E que fruto colhestes então daquelas coisas de que agora vos envergonhais? Pois seu desfecho é a MORTE. Mas agora, libertos do pecado e postos a serviço de Deus, tendes vosso fruto para a santificação e, como desfecho, a vida eterna. Porque o salário do pecado é a morte, e a graça de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Romanos 6, 21-23).

Peço-vos irmão, tendes cuidado com vossas vidas, pois a mesma é única. Depois da morte corporal, vem um juízo particular com Aquele que, por ventura vier vós à rejeitar. Ele poderá lançar-vos no Inferno, ou poderá recebê-los no Céu Eterno. A escolha é vossa! "Escolhe, pois, a vida, para que vivas tu e a tua descendência, amando a Iahweh teu Deus, obedecendo à sua voz e apegando-te a ele. Porque disto depende a tua vida e o prolongamento dos teus dias. E assim poderás habitar sobre este solo que Iahweh jurara dar a teus pais, Abraão, Isaac e Jacó" (Deuteronômio 30, 19-20).

Alguns ateus dizem que o deus deles é o dinheiro, ou seja, Mamon. Mas, parece-me que esse deus abandona-os sempre, já que eles vivem em prejuízo financeiro, sem falar do maior prejuízo, que é o prejuízo de abandonar o único Deus para adorar ídolos.

O que adianta o homem possuir todos os bens materiais deste mundo, se vier a perder sua alma no inferno?! É o que diz Nosso Senhor no Santo Evangelho: "Com efeito, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e arruinar sua própria vida? Pois, que daria o homem em troca da sua vida?". E, alertando-nos diz mais: "De fato, aquele que, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e de minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos" (São Marcos 8, 36-38). Ele encerra contando-nos a Parábola do Rico insensato:

Não entesourar 

"Alguém da multidão lhe disse: 'Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança'. Ele respondeu: 'Homem, quem me estabeleceu juiz ou árbitro da vossa partilha?' Depois lhe disse: 'Precavei-vos cuidadosamente de qualquer cupidez, pois, mesmo na abundância, a vida do homem não é assegurada por seus bens'. E contou-lhes uma parábola: 'A terra de um rico produziu muito. Ele, então, refletia: 'Que hei de fazer? Não tenho onde guardar minha colheita'. Depois pensou: 'Eis o que farei: demolirei meus celeiros, construir maiores, e lá recolherei todo o meu trigo e os meus bens. E direi à minha alma: Minha alma, tens uma quantidade de bens em reserva para muitos anos; repousa, come, bebe, regala-te'. Ma Deus lhe diz: 'Insensato, nessa mesma noite ser-te-á reclamada a alma. E as coisas que acumulaste, de quem serão?' Assim acontece àquele que ajunta tesouros para si mesmo, e não é rico para Deus" (São Lucas 12, 13-21).

É com estas palavras de Nosso Senhor que despeço-me pedindo que rezem juntos comigo:

Alma de Cristo, santificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro de Vossas chagas, escondei-me.
Não permitais que me separe de Vós.
Do espírito maligno, defendei-me.
Na hora da minha morte, chamai-me.
E mandai-me ir para Vós, para que Vos louve com os vossos Santos, por todos os séculos dos séculos. Amém.

Paz de Cristo,